sexta-feira, 31 de março de 2017

Quem é o idiota, afinal?


O que é ser idiota?
É manifestar a indignação diante de um governo elitista e golpista?
É se indignar diante da corrupção?
É presenciar a morte dos direitos do trabalhador e ficar arrasado?
É lutar pelos que preferem se calar?
É tentar não engolir qualquer coisa imposta pelo governo?
É abrir os olhos e enxergar o que está na cara?

Não.

Isso é ser questionador, oposição necessária.

Idiota é não se envolver.
É assistir ao Jornal Nacional de forma passiva e dar boa noite para o Bonner esperando pela novela.
É ouvir as risadas de quem não compreende o que está ocorrendo.
É presenciar o desprezo da classe média querendo ser elite.
É ver os entretenimentos globais e esquecer das atrocidades do Planalto.
É o individualismo de quem come caviar uma vez ao mês para parecer chique e postar no instagram.
É a politicagem inescrupulosa.

É ser pior, é ser desumano.
É ver uma matéria sobre preços de vinhos no Jornal da Globo enquanto mais de 13 milhões estão desempregados.
É apoiar a escravidão do futuro.
É se esconder e ser covarde.
É ser omisso.

Luto, mas comecei a ficar de luto.

Stefan


segunda-feira, 27 de março de 2017

Escrever pra quê?


Escrevo porque gosto,
escrevo porque penso, 
escrevo porque sinto, 
escrevo porque vejo,
escrevo como terapia. 

Escrever é para muitos um ato de coragem. Para mim, um ato de liberdade.
Minha matéria-prima é o universo, é infinita. Assunto não falta.
Posso escrever sobre uma injustiça, uma alegria, uma tristeza, um tijolo, uma pessoa, uma cachoeira, um oceano, um grão de areia.

Não se pode colocar métrica na escrita, pois escrever é sentir. E ninguém mede o sentimento. Ele é tortuoso, é grandioso, é intenso.

Escrever é atingir quem precisa ser atingido. É escrever para muitos ou para poucos. O número não importa, mas sim a intensidade que a mensagem foi recebida por um ou por vários.

É enxergar poesia, onde a maioria não vê.

É ser parado no corredor e ouvir de um leitor um elogio, ou uma crítica. É ter a certeza que será lido no dia seguinte.

Stefan

Procriando e trazendo maus exemplos ao mundo


A velha máxima "O seu direito acaba onde começa o dos outros" é algo a ser praticado no cotidiano, pois infelizmente a coisa mais difícil é seguir esta regra.

Talvez poderiam acrescentar esta frase aos 10 Mandamentos, pois se torna algo extremamente árduo de se aplicar na prática. O convívio humano tem se tornado cada vez mais difícil porque pessoas se acham melhores do que outras e simplesmente ignoram regras básicas. Uma regra coletiva vale para todos menos para mim. Assim pensam.

E assim procriam, trazem ao mundo seres tão desprezíveis como eles. Seres que aprenderão a ser folgados, que usarão a expressão "Dá um jeitinho pra mim?".
Penso que alguns indivíduos não deveriam, por exemplo, morar em apartamento. Não foram feitos para o equilíbrio que deve ser morar em um prédio. Não respeitam a lei do silêncio, mas são "politicamente corretos" e reclamam do governo. Mas, não conseguem ao menos evitar de perturbar o outro no dia a dia fazendo mudança dos móveis depois da meia noite ou incentivando seu filhinho ou sua filhinha a brincar de pique-pega altas horas. Que bonitinho!

E assim proliferam. Lançam mais seres desprezíveis, crianças que serão futuros corruptos, que irão disseminar mais falsas promessas, mas continuarão ganhando presentes porque foram "bons meninos".

E assim, com pequenas ações, levando a melhor de hora em hora, um dia serão investigados numa lava-jato da vida.

sábado, 25 de março de 2017

Poeta desarmado


Diferente do coronel que anda com sua arma no coldre,
o poeta anda com papel e caneta nos bolsos.
Sua munição não é feita de balas,
mas de ideias mais poderosas do que o próprio fogo. 

Em vez de atingir o corpo,
atingem a alma. 
Em vez de sangrar ou matar, 
nos fazem pensar. 

Mas tem dia que não é bom para o poeta, 
pois sai de casa desprevenido, 
e no meio da rua lhe vem a poesia. 
Sem papel, nem caneta, 
se aflige,
e perde o fio que o alimenta no dia a dia. 

Nada é pior que chegar em casa, 
e não achar um papel e uma caneta, 
para expressar sua emoção.
Além disso, lhe falta água e pão. 

Mas o poeta segue com coragem,
sua arte existe, pois a vida não basta. 

Amanhece outro dia, 
uma nova ideia lhe surge.
Declama ali mesmo na praça, no meio do público.
Alguns não entendem nada,
mas uma pessoa lhe acude. 

Foi tocada no seio da alma, 
pela emoção de um pobre pensador. 
Assim é a vida do poeta, 
De denário em denário,
lutando pela vida, 
fugindo do calvário,
trazendo luz e aliviando a nossa dor. 

Stefan

Dedicado a Ferreira Gullar (1930 - 2016). 

quinta-feira, 23 de março de 2017

Mais de 50 milhões escondidos. Onde está a Direita?


Na última eleição mais de 50 milhões de brasileiros votaram no candidato tucano, Aécio Neves. Durante o Impeachment da Presidente Dilma, milhões foram às ruas protestar.

Eis que ela saiu, o governo Temer assumiu e provou a sua competência em prejudicar a nação com medidas extremas que destroem todos os direitos trabalhistas conquistados ao longo de décadas. 

A sensação que eu tenho é que esta metade que tem sua ideologia na Direita é de fato, muito rica para não se revoltar. Praticamente dinamarqueses vivendo em solo tupiniquim. Nós só podemos ter mais de 50 milhões de pessoas ricas e a favor de medidas que prejudiquem as classes média e baixa. Mas espera, aqui não é a Dinamarca, a Suécia ou a Noruega. 

segunda-feira, 20 de março de 2017

Geração Nutella e a liquidez de Bauman – Consumo x Emoção


É uma pena o que ocorre com a nova geração. A sociedade do consumo a estragou. O capitalismo feroz tirou a emoção de tudo. A abundância de hoje tira a magia de momentos que poderiam ser únicos. Algo se perdeu.
Um brinquedo já não é mais algo esperado em datas importantes. É só mais um brinquedo.
Um ovo de Páscoa é só mais um chocolate para comer dentre tantos outros.
Não há emoção mais em absolutamente nada. Uma criança de classe média ganha um brinquedo todo mês ou toda semana e o esquece rapidamente.

Não tenha medo da chuva


Não tenha medo da chuva,
ela limpa o corpo e purifica a alma.
Deixe o guarda-chuva em casa
e se permita molhar.

Se limpe, se perdoe, se acalme.
A chuva é de Deus,
a chuva é o banho do onipotente,
é o acalento bendito.

Caminhe na chuva,
aprecie a trajetória das lágrimas das nuvens,
que vão ao seu encontro,
para aliviar as dores dos seus erros.
Da inveja, da intolerância, da violência, da injustiça,
dos infindáveis erros que cometeu,
pois você pode se levantar.

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quarta-feira, 15 de março de 2017

O Brasil ainda tem sangue nas veias. Saímos da internet e fomos para as ruas


O escritor italiano Dante Alighieri dizia que "Os lugares mais quentes do Inferno são destinados aos que, em tempos de grandes crises, mantém-se neutros". 
O país enfrenta um dos períodos mais turbulentos da história, onde mudanças radicais podem afetar a vida de milhões de trabalhadores. A reforma da Previdência é um insulto ao brasileiro que terá que trabalhar 49 anos para receber o benefício integral. É um absurdo ouvir de um Presidente não eleito pelo povo, que "basta trabalhar 49 anos que você irá receber a sua aposentadoria". 
E temos que ouvir isso de um homem aposentado aos 55 anos!

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terça-feira, 14 de março de 2017

Super-heróis que sangram









A nova onda cinematográfica veio para tornar a imagem dos super-heróis em algo mais realista. Os filmes Logan e Deadpool inauguraram um novo estilo de abordar a temática dos heróis. No ano 2017 não existe mais o herói invencível, insuperável e sempre penteado como o Super-Homem interpretado brilhantemente por Christopher Reeve das décadas de 70 e 80. Este estereótipo foi superado e hoje as cicatrizes de Logan e a deformidade de Deadpool nos levam ao cinema com mais entusiasmo.
Mas por que? 

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segunda-feira, 13 de março de 2017

Quando as panelas se calam

Foto: site Revista Forum

Um dia as panelas tiveram voz,
calaram uma Presidente
e a tiraram do poder. 
O trabalho foi feito.
Hoje elas se calam, pois 
"de forma surpreendente", 
não há nada a Temer. 


Stefan

terça-feira, 7 de março de 2017

O Marketing das Religiões


A religião virou um dos grandes negócios do final do século XX e início do século XXI. A disputa entre as petencostais e católica atingiu o auge na atualidade. Estratégias absurdas em nome de Deus para o alcance maior do público-alvo, o fiel. E o negócio prospera até mesmo em garagens. Nas petencontais pastores se proliferam. A isenção no imposto de renda em doações de qualquer tipo é um excelente ponto de partida. O dízimo nunca ficará antiquado, mas foi aprimorado. Doações de imóveis, veículos e joias são imunes aos olhos da Receita Federal.

segunda-feira, 6 de março de 2017

O que está por trás da ignorância refletida em selfies?

Foto: Blog do BG
Lincoln Zarbietti (O Tempo
)
Na semana passada com a saída do goleiro Bruno do presídio, o comportamento de algumas pessoas foi observado. O motivo da observação foi justamente as selfies tiradas com Bruno, um homem que ficou preso durante 6 anos e 7 meses pelo assassinato de Elisa Samúdio. O que faz um ser humano admirar um indivíduo que tirou a vida de uma pessoa a ponto de se fotografar com ela?

sábado, 4 de março de 2017

Logan: uma obra-prima para os fortes - Refaçam o Oscar e entreguem tudo para este filme



Aviso aos navegantes: haverá alguns spoilers do filme. Leia por sua conta e risco.

Confesso que minha expectativa estava num nível estratosférico, desde quando assisti ao maravilhoso trailer com a trilha cirúrgica de Johnny Cash tocando a canção Hurt.
Logan é um filme para os fortes, um oásis no deserto que vai além de tudo o que já foi feito. Não é um filme de um super-herói, é um drama com uma atmosfera real e doses cavalares de adrenalina que deixam qualquer ser humano tenso e empolgado na cadeira do cinema.
Os primeiros oito minutos de filme são de uma violência inimaginável. Entrega sem cerimônias um cartão de visitas que diz: Aguente firme! É só o começo!

quinta-feira, 2 de março de 2017

Mineiro de sorte


Quem olha no mapa logo vê que Minas não tem praia. Mas pra quê praia quando se tem tantas outras coisas boas?
O mineiro tem na culinária sua arte. A boa prosa do café acompanhada com uma cesta de pão de queijo, uma jarra de leite e um café quentinho. O queijo derrete na boca, a broa de fubá é servida sem cerimônia. O mineiro é exigente, pois sabe o que é bom.

O câncer do sistema – Tumores espalhados por todo país


Infelizmente o povo brasileiro está vivendo dentro da caverna de Platão. Somente vendo sombras que pensam que são reais, porém existe uma força que impede que cada um saia da caverna e veja a realidade.

No ano passado o grande objetivo era retirar o PT do poder, o “grande mal do país”. A Presidente Dilma saiu e para muitas pessoas era o que bastava. O demônio foi exorcizado, viveremos outros tempos, porém na prática as mudanças que ocorreram depois que o Presidente Temer assumiu foram duramente criticadas por grande parte da população e até mesmo alguns órgãos de imprensa.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Publicações burocráticas e dica de filme

Cena do filme "O Homem que viu o infinito"
Neste carnaval chuvoso, assisti ao filme “O Homem que viu o infinito” sobre Srinivasa Ramanujan, gênio da Matemática indiano que construiu seu saber de forma autodidata e realizou grandes contribuições na área.
Um homem que rompeu as fronteiras de seu país sendo aceito na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, para publicar seus feitos na área de Matemática, tendo como mentor o Prof. G. H. Hardy.